Reforma e manutenção predial transformam o espaço urbano
O espaço urbano como espaço físico onde se desenvolvem as atividades sócio-econômicas sempre foi alvo de diversas pesquisas desde a mais remota história. A sua interligação, influenciando e sendo influenciada por áreas diversas do conhecimento, tais como a Geografia, a Sociologia e a História, levaram inúmeros pesquisadores a versarem sobre tão vasto tema, muitos deles com formações distintas e sem correlação com a engenharia ou a arquitetura. Esta multidisciplinariedade favoreceu em muito o desenvolvimento da Engenharia Urbana e do Urbanismo, e as idéias passaram a ser direcionadas por conceitos técnicos-científicos, alicerçados nestas ciências, não deixando, porém, de se observar pela real e intrínseca relação entre o indivíduo e o meio ambiente construído. Aos verificarmos os movimentos sociais impostos pelo poder público, os momentos econômicos, ação da incorporação imobiliária, constatamos nas cidades a ação destes fatores para o desenvolvimento de novas áreas, renovação ou abandono de outras. Estes fatos demonstram claramente que as cidades não são estáticas, mas espaço-temporais, levando suas redes e organização estrutural a constantes evoluções e consequentemente necessárias alterações. Assim, à operação, pleno funcionamento, sustentabilidade e qualidade do meio ambiente construído, desde os seus mais básicos conceitos, acrescenta-se variáveis como o auto-crescimento das cidades, o crescimento urbano desordenado, o crescente “êxodo” rural, a mobilidade urbana e a conectividade desta. Uma constatação da Monte Moryah Engenharia nas suas atividades tem sido a influência direta que as reformas e as manutenções prediais, individualmente, têm sobre a cidade e qualidade do meio ambiente construído, na decisão de revestir as fachadas, revitalizar a pintura das mesmas, substituir gradis e elementos de testada das edificações, criar um novo paisagismo, desencadeando na comunidade um objetivo comum e similar de conservação das suas construções. O processo se dá externamente e internamente em cada edifício, pois as unidades domiciliares, apartamentos, são impactadas, iniciando suas próprias obras e alterações. As intervenções em alguns momentos são de objetivo técnico, com a finalidade de solucionar problemas nos sistemas das construções, tais como infiltrações, recuperações estruturais, dentre outras, porém, na sua grande maioria, muito mais estéticas, nas quais padrões de materiais, tonalidades e texturas se repetem, como um projeto arquitetônico compartilhado. Este “movimento” de manutenção e conservação influencia o comportamento dos seus indivíduos, promovendo satisfação e auto-estima de ver seu “antigo imóvel” modernizado e inserido arquitetonicamente no contexto dos “imóveis novos”, colaborando com a sustentabilidade urbana tão almejada.